Alfredo Bosi nasceu em São Paulo em 1936. É professor no Departamento de Letras Clássicas e Vernáculas da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo (USP), da qual é professor titular de Literatura Brasileira. Ocupou a Cátedra Brasileira de Ciências Sociais Sérgio Buarque de Holanda da Maison des Sciences de l´Homme, em Paris. É diretor do Instituto de Estudos Avançados da USP e editor, desde 1989, da revista Estudos Avançados.
Repetidas vezes premiado, publicou vários livros de ensaio, organizou, prefaciou ou posfaciou diversas obras de outros autores (dos quais se destacam Machado de Assis, Joaquim Nabuco, Padre António Vieira ou Ferreira Gullar). De entre esta extensa obra, refira-se O pré-Modernismo (1966, 5ª ed.1979), História Concisa da Literatura Brasileira (1970, 45ª ed. 2010, traduzido para espanhol), O Ser e o Tempo da Poesia (1977. 8ª ed. 2010), Reflexões sobre a Arte (1985, 7ª ed. 2002), Céu, Inferno. Ensaios de Crítica Literária e Ideológica (1988, 3ª ed. 2010), Machado de Assis. O Enigma do Olhar (1999. 3.ª ed. 2003, prémio Jabuti), Literatura e Resistência (2002), Machado de Assis (2002), Brás Cubas em três versões (2006), Ideologia e Contraideologia (2010), Entre a Literatura e a História (2013) e Dialética da Colonização (1992, 4ª ed. 2013), traduzido em espanhol, francês e inglês e com que venceu o Prémio Melhor Ensaio de 1992 da Associação Paulista de Críticos de Arte, o Prémio Casa-Grande & Senzala 1993 da Fundação Joaquim Nabuco e o Prémio Jabuti de 1993.
É o sétimo ocupante da cadeira nº12 da Academia Brasileira de Letras.

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    Dialética da Colonização

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    Autor: Alfredo Bosi

     

    Alfredo Bosi, conceituado autor brasileiro, persegue com sensibilidade as formas históricas que enlaçaram colonização, culto e cultura – esta obra é o resultado deste percurso sui generis na história do pensamento brasileiro.

     

    “As páginas precedentes não pretendem ser uma nova história de uma cultura que, apesar de contar com cinco séculos de existência, ainda está em processo, não completou absolutamente a sua formação e se faz cada vez mais densa, tanto objetivamente, graças à interacção acumulada de seus fatores, como subjetivamente, em razão das experiências vividas por seus agentes. (…)
    O objetivo do livro é mais modesto: assinalar e interpretar alguns momentos da nossa produção simbólica, quer ideológica, quer contraideológica; produção que vem revelando desde os tempos coloniais aspectos contraditórios de nossa vida em sociedade e, portanto, de nossa história cultural. Contradição implica multiplicidade e simultaneidade das tendências divergentes.”

     

    A Biblioteca da Academia é um projeto conjunto da Glaciar e da Academia Brasileira de Letras. Funda-se no desejo de oferecer ao público português uma visão panorâmica altamente representativa da produção literária brasileira por meio das obras dos seus escritores académicos nos campos da ficção, da poesia e do ensaio.